Eu acho que as evidências são notórias,
né, Vera? Mas eu não sou psiquiatra, nem o senhor. Eu também não. Mas o comportamento dele mostra uma instabilidade
muito grande, um nível de agressividade muita… Na maioria das vezes, uma agressividade despropositada
muito grande, aquilo não é normal, ele deveria procurar um tratamento. Em relação ao gabinete do ódio, foi isso
aí, que nós começamos a alertar o presidente e dizer o seguinte: “Olha, a fabricação
dessas notícias falsas, isso tudo, isso não pode estar dentro do Palácio. Isso pode dar um impeachment. O senhor tem tanto medo de impeachment, vai
deixar que isso se instale aqui?”. Mas a pressão que o Carlos Bolsonaro faz
é tão grande que o presidente não consegue se contrapor ao filho. Ele não consegue, é como aquela criança
que quer um presente no shopping, não ganha e sai rolando pelo chão esperneando, e o
pai não tem pulso suficiente para dar um basta naquilo. Então, é mais ou menos o que acontece. Um belo dia, o Carlos me aparece com um nome
de um delegado federal e de três agentes, que seriam uma Abin paralela porque ele não
confiava na Abin. O general Heleno foi chamado, ficou preocupado
com aquilo, mas o general Heleno não é de confrontos, e o assunto acabou ali, com o
general Santos Cruz e comigo, nós aconselhamos ao presidente que não fizesse aquilo de maneira
alguma porque é muito pior que o gabinete do ódio, aquilo também seria motivo para
impeachment. Eu não sei, depois eu saí, se isso foi instalado
ou não.
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