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Copacabana Essa praia de renome mundial é hoje o centro das celebrações da extrema direita no Brasil. Atos semanais celebram a ascensão do representante do movimento e candidato a presidente, Jair Bolsonaro. Se você alguma vez ouviu falar de Bolsonaro, provavelmente você sabe que ele fez algumas declarações bem chocantes Como por exemplo ter dito a uma deputada federal que ela feia demais para ser estuprada. E ter apoiado a tortura Talvez também saiba que dezenas de milhar de mulheres se mobilizaram contra Bolsonaro, ocupando as ruas do Brasil com o slogan “Ele Não”. Mas o que pode ser surpresa para alguns é que as pesquisas indicam que quase metade das mulheres no Brasil apoia Bolsonaro. Ele polarizou todo o país mas as mulheres parecem especialmente divididas sobre ele. Ele é conhecido pelos seus gestos imitando uma arma, talvez essa seja uma das principais razões para esta divisão. Em 1964, mulheres manifestaram contra reformas comunistas, antecedendo um golpe militar. Durante 21 anos de ditadura, centenas de dissidentes foram assassinados e milhares de pessoas foram torturadas. Jair Bolsonaro foi capitão do exército e admira abertamente a ditadura. A sua única crítica é que a ditadura não matou gente suficiente. Durante os eventos de apoio a Bolsonaro, as pessoas recordam o papel que as mulheres desempenharam ao pedirem um golpe militar. O crime, especialmente o crime mais violento, é um grande problema no Brasil. No ano passado, quase 64 mil pessoas foram assassinadas. O próprio Bolsonaro foi esfaqueado na barriga durante a sua campanha, depois desse incidente a sua popularidade subiu. Para entender como o medo do crime motivou a popularidade de Bolsonaro, nós encontramos Sara Winter. Ela é uma antiga ativista a favor do aborto que hoje é contra o aborto e que se descreve a ela mesma como “uma feminista curada”. Ela tem vindo a mobilizar os seus seguidores no Facebook para que apoiem Bolsonaro. Caminhando pelas ruas do Rio, nós escutamos visões semelhantes. Sofia Caputo votou na esquerda nas últimas quatro eleições e hoje apoia Bolsonaro. Bolsonaro usou o medo das pessoas para justificar medidas policiais duras. A sua ideia não é propriamente nova. O exército já policia os bairros mais pobres do Rio. Acompanhamos o Comandante Henrique Amaral enquanto ele se prepara para liderar soldados através da favela da Babilônia. Daqui, vamos andando. Tá bom? O seu batalhão faz parte de uma intervenção federal que começou no início deste ano com o objetivo de reduzir o crime. Os soldados procuram armas e membros de gangues. Mas qualquer um pode ser um suspeito. É como revistar alguém com uma M16S. Eles veem um jovem que se desvia. O jovem para. Ele está a porta da sua casa. O seu nome é Renan. E a sua mãe está brava. Renan foi liberado A mãe de Renan tem razões para ter medo. As forças de segurança mataram mais de mil pessoas no Rio desde o início da intervenção militar, um aumento de 42 por cento desde o ano passado, e aqueles que são assassinados são, na sua maioria, homens jovens. É por essa razão que muitas mulheres aqui, muitas mães, têm medo de Bolsonaro. Ele quer dar mais relevância ao papel dos militares, dar a policia e aos soldados mais poder e menos prestação de contas. O seu filho tinha 14 anos e ele foi alvejado no caminho para a escola. O que está em jogo nessa eleição para você? Mas fora das áreas de guerra nas favelas, há menos preocupação com o custo de combater violência com mais violência. Bolsonaro também quer diminuir as restrições e fazer com que seja mais fácil comprar armas. E isso agrada a muita gente da classe média e da classe alta, preocupada com o aumento de assaltos. Uma mulher, Katia Sastre, se tornou o símbolo da auto-defesa. Em março, Sastre estava com a sua filha num evento de dia das mães na escola quando um jovem se aproximou e a tentou assaltar utilizando uma arma. Sastre, que não estava trabalhando no momento, foi filmada pela CCTV alvejando o assaltante três vezes. Ele morreu. O vídeo se tornou viral e ela se tornou conhecida. Pouco depois, Sastre se candidatou ao congresso. E ganhou por esmagadora maioria. A família do assaltante está agora processando Sastre por repetir a visualização do momento da morte do seu familiar durante a sua campanha. O nome dele é Elivelton Neves, eu acho, ele tinha 21 anos. A família dele respondeu. Você se arrepende de usar esse vídeo? Medo, crime e segurança – tal como Donald Trump nos EUA, Bolsonaro usou muito estes conceitos. Bolsonaro quer que as pessoas acreditem que o seu programa militarista, que alguns chamam de “fascista”, pode resolver todos os problemas do Brasil. Os eleitores do Bolsonaro querem mudança, querem uma nova abordagem. Mas a qual custo da democracia brasileira? Um número suficiente de mulheres (e homens) talvez estejam a dispostos de descobrir.

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Poderá ver o vídeo no youtube Aqui

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