Tudo sobre planejamento familiar

3 de agosto foi o Dia Internacional do Planejamento Familiar. Uma data que visa fornecer informações educacionais sobre as escolhas que um casal deve fazer em relação ao número de filhos que deseja ter, levando em conta sua situação pessoal e econômica.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que o planejamento familiar permite que as pessoas tenham o número de filhos que desejam e determinem o intervalo entre as gestações. Isto é conseguido através do uso de métodos contraceptivos e do tratamento da infertilidade. 

Tais métodos podem ser temporários ou permanentes, cuja escolha depende da decisão de cada família. Existem também métodos naturais, como ritmo e temperatura corporal, mas são recomendados apenas para mulheres com ciclos regulares.

Importância do Dia Internacional do Planejamento Familiar

Não é apenas uma questão de possibilidades ou escolhas. Na realidade, o planejamento familiar faz parte dos direitos de saúde sexual e reprodutiva. Em outras palavras, é um direito humano! 

É dever dos Estados garantir o acesso a informações e serviços contraceptivos. O direito ao planejamento familiar é explicitamente reconhecido no direito internacional.

Em outras palavras, o planejamento familiar inclui o trabalho em estratégias de educação sexual, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, acompanhamento antes, durante e depois da gravidez e tratamento da infertilidade.

O planejamento familiar e os métodos contraceptivos permitem que as pessoas que iniciaram ou planejam iniciar sua vida sexual possam desfrutar de sua sexualidade de forma livre e responsável. O acesso à contracepção reduz a necessidade do aborto, especialmente o aborto clandestino.

Por sua vez, o Fundo de População das Nações Unidas, UNFPA, afirma que o planejamento familiar também é fundamental para o empoderamento das mulheres, a redução da pobreza e a obtenção de um desenvolvimento sustentável. O UNFPA visa acabar com a necessidade não atendida de planejamento familiar voluntário nos países em desenvolvimento até 2030. 

Em 2019, havia no mundo 1,9 bilhões de mulheres em idade reprodutiva (15-49 anos), das quais 1,112 bilhões estão necessitando de planejamento familiar. Destes, 842 milhões estão usando contracepção e 270 milhões têm necessidades não atendidas de contracepção – segundo as Nações Unidas em seu relatório Planejamento Familiar e a Agenda para o Desenvolvimento Sustentável de 2030.

Planejamento familiar e contracepção

De acordo com a OMS, o planejamento familiar é alcançado através do uso de métodos contraceptivos. E quais são eles?

Os métodos contraceptivos são divididos em métodos temporários e permanentes – e saiba que nenhum deles interfere com a administração da pílula azulzinha.

Métodos temporários

Este grupo inclui métodos hormonais, dispositivos intrauterinos e métodos de “barreira”.

Métodos hormonais

• Implante subdérmico: pode durar entre três e cinco anos, dependendo do tipo escolhido. É implantado no braço superior da mulher e libera um hormônio chamado progestina que engrossa o muco cervical, impedindo que os espermatozoides alcancem o óvulo e diminuindo a frequência da ovulação. Este método oferece 99,5% de proteção contraceptiva e não contém estrogênio.
• Contraceptivos orais: mais conhecidos como pílulas anticoncepcionais, que contêm pequenas quantidades de hormônios femininos, tais como estrogênio e progesterona, que impedem a ovulação e evitam o risco de gravidez.
• Contraceptivos injetáveis: consistem de uma injeção mensal e uma injeção trimestral e contêm os mesmos hormônios que as pílulas. Eles são 94% eficazes desde o primeiro dia de uso.

Dispositivos intrauterinos

• Dispositivo intrauterino: mais comumente conhecido como o T de cobre. Esse DIU é inserido no útero, dura até 12 anos, e pode ser removido a qualquer momento. É ideal para evitar a gravidez por um longo período de tempo e para as mulheres que têm restrições no uso de hormônios.
• Dispositivo intrauterino hormonal ou endoceptivo: é um componente plástico em forma de T que contém um derivado hormonal no seu interior. Também é indicado para mulheres que têm dores fortes e sangramento intenso durante a menstruação. 

Métodos de barreira

• Camisinha: uma camada de látex que cabe sobre o pênis ereto, formando uma barreira entre o sêmen e a vagina ou o ânus. Ela impede a passagem do esperma e reduz as infecções e doenças sexualmente transmissíveis. É usada uma para cada relação sexual.

“Os preservativos são o único método contraceptivo que pode prevenir tanto a gravidez quanto a transmissão de infecções sexualmente transmissíveis, incluindo o HIV” – OMS

Métodos definitivos

Eles consistem em procedimentos cirúrgicos realizados em homens e/ou mulheres. Embora sejam definitivos, muitos podem ser revertidos através de outra cirurgia.

Se você é do sexo biológio masculino e está pensando na possibilidade de um método definitivo, entre em contato com um médico especialista online. Pela internet ele pode atender você de qualquer lugar, há urologista de Belém até o interior do Rio Grande do Sul.

• Ligadura de trompas: é uma cirurgia ambulatorial na qual as trompas de falópio são cauterizadas para evitar a passagem do óvulo para o útero e assim evitar a gravidez. É recomendado para mulheres que decidem não ter filhos ou que já tiveram o número de filhos que queriam.
• Vasectomia: esse é um método de contracepção para homens que optam por não ter filhos, ou para aqueles que são pais e não desejam ter mais filhos. É um procedimento no qual o vaso deferente através do qual os espermatozoides são transportados dos testículos para a uretra são cortados e/ou amarrados, impedindo que eles possam sair durante a ejaculação. 

No Dia Internacional do Planejamento Familiar, convidamos você a aprender sobre seus direitos sexuais e reprodutivos. Fique informado, tome suas próprias decisões, com responsabilidade e sempre respeitando a vida!